SC é o 3º Estado do país com mais mortes por acidentes elétricos: veja como prevenir

Dados de uma pesquisa da Abracopel mostram os perigos por trás dos acidentes; Santa Catarina está no pódio das tragédias

SC é o 3º Estado do país com mais mortes por acidentes elétricos: veja como prevenir

Santa Catarina é o 3º Estado do país com mais mortes por acidentes elétricos. Os dados são do relatório anual de acidentes divulgado pela Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade) e levam em conta as mortes de 2022.

Segundo a pesquisa, 44 pessoas morreram no Estado por acidentes elétricos somente em 2022. Questionada, a Celesc disse que a maior causa dos acidentes é o mal uso de equipamentos eletrodomésticos.

O Estado ficou atrás apenas de São Paulo, com 62 mortes, e Bahia, com 60. Ao todo, as mortes em Santa Catarina representam 7,4% das mortes no Brasil, que chegam a 592.

Incêndios

A pesquisa aponta ainda que Santa Catarina registrou 81 incêndios causados por descargas elétricas. Dentre as vítimas, duas pessoas morreram.

Idade dos mortos

Em todo país a parcela da população que mais sofre acidentes fatais por choque elétrico está em idade economicamente ativa, entre 21 e 50 anos, com aproximadamente 60% das mortes.

Essas ocorrências se dão no trabalho, na maioria das vezes, segundo a Abracopel, por falta de atenção ou desconhecimento dos riscos envolvidos nas atividades.

Para se ter uma ideia, falando somente de profissionais especialistas em eletricidade, foram 69 acidentes com 40 mortes de profissionais que, teoricamente, deveriam conhecer os riscos elétricos, conforme a Norma Regulamentadora nº 10 (NR 10), e que, portanto, estariam aptos a seguir as regras de análise prévia do risco, uso de equipamentos e produtos adequados e de qualidade, bem como as boas práticas de segurança.

Outro dado da pesquisa que chama atenção é que os choques elétricos vitimaram mais idosos no Brasil, foram 50 acidentes com homens acima de 60 anos. Destes, 44 foram fatais, totalizando 88% de ocorrências.

No caso da parcela de homens entre 31 e 40 anos, 65% dos casos foram letais. Isso ocorre, na visão de Fábio Amaral, porque geralmente os acidentes de choque elétrico não acontecem nas empresas ou indústrias, mas sim nas residências. Inclusive, nelas, foram registrados 149 óbitos.

Os maiores causadores de choques elétricos foram: eletrodomésticos e eletroeletrônicos (21,5%); fio partido ou sem isolamento (16,8%); manutenção caseira, como consertos em telhado, antena ou ar-condicionado (10,7%); e extensão, benjamin ou tomada (14,1%). Os carregadores de celular também aparecem na lista com 4% dos casos.

Como prevenir acidentes?

“Para evitar acidentes, é importante ficar de olho em certos hábitos do dia a dia”, diz o gerente do Departamento de Segurança, Saúde e Bem-estar da Celesc, Ricardo Furlanetto.

“A eletricidade não tem cheiro, não tem cor e pode ser fatal se não for tratada de forma segura”, declara.

O gerente salienta que o cuidado precisa ser redobrado quando se utiliza equipamentos como andaimes, escadas, vergalhões, trilhos de cortinas ou materiais metálicos próximos à rede elétrica.

“Um simples contato com um fio energizado pode ser fatal”, afirma.

Já o engenheiro de Segurança do Trabalho da Celesc, Fábio Rafaelli, lembra que “as casas precisam ter um projeto elétrico, o que facilita a manutenção e até a avaliação para o acréscimo de consumo na mesma rede”.

Ele ressalta que qualquer serviço elétrico deve ser feito por um eletricista especializado para evitar que haja problemas com a corrente elétrica.

Em caso de necessidade de qualquer manutenção na rede elétrica, Rafaelli ainda pontua que é importante que o disjuntor da residência seja desligado.

Alerta com vegetação na rede

Em um estado com regiões onde há forte presença de áreas de reflorestamento de eucaliptos e pinus, os perigos e danos provocados pela vegetação na rede elétrica são elevados.

Segundo a Celesc, a empresa está reforçando os trabalhos de limpeza e poda das áreas para amenizar a situação, mas o problema continua sendo a principal causa das interrupções de energia no território catarinense.

A poda e roçada das áreas públicas dentro das faixas de segurança (15 metros de cada lado) são de competência da distribuidora de energia, e o destino correto do material cortado é de responsabilidade das administrações municipais.

Já a poda de vegetação em área particular é dever do proprietário. Dessa forma, ao perceber que os galhos estão crescendo muito, o dono do imóvel ou representante deve providenciar a poda preventiva. O serviço deve ser realizado por pessoa habilitada e equipada de forma segura.

Caso haja interrupção no fornecimento de energia motivado por vegetação em propriedade particular, o acesso da distribuidora ao local é permitido, mesmo sem prévio aviso.

 

 
 
 
Fonte: ND+
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