A nova edição do Boletim Necat, elaborado pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), reflete a disparada dos casos de contaminação por Covid-19 em Santa Catarina no mês de janeiro de 2022. Os dados apontam, inclusive, a entrada do Estado no ‘Top 3’ do ranking de maior registros da doença a cada 100 mil habitantes.
Até o dia 31 de janeiro, 1.442.511 pessoas já tinham sido infectadas pela Covid-19, sendo que até quinta-feira (3 de fevereiro), um dia antes da publicação do estudo, mais de 1.458.000 pessoas já tinham sido contaminadas no Estado.
Foram, também, 20.664 mortes. Somados os aspectos estudados, Santa Catarina passou a ocupar o terceiro lugar no ranking nacional de Estados com o maior número de registros da doença a cada 100 mil habitantes, tendo um coeficiente de incidência da doença 1,66 vezes superior ao da média brasileira.
Tendo o primeiro mês de 2022 como base para análise, foi considerado que, nos primeiros 31 dias do ano, 198.976 pessoas se contaminaram, o que representa um aumento de 16% entre dezembro e janeiro. Desta forma, houve o maior número absoluto de casos mensais desde o início da pandemia, em março de 2020.Números
Fora o ranking de casos de contaminação, em termos absolutos, Santa Catarina é o sexto Estado que apresenta maior número de casos e o décimo com maior número de mortes. As informações constam no documentos assinado pelo professor da universidade, Lauro Mattei, do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense.
Por fim, janeiro de 2022 apresentou o maior número absoluto de casos mensais desde o início da pandemia de Covid-19. “Geograficamente, os registros oficiais se distribuem por todas as seis mesorregiões e vinte microrregiões, sendo que todos os 295 municípios existentes no estado já registraram a ocorrência da doença”, pontua o professor.Geografia da Covid-19 em SC
Entre os indicadores geográficos da doença no Estado, é possível observar que regiões litorâneas como a da Grande Florianópolis obteve média de alastramento da doença muito superior ao resto do Estado.“O crescimento agregado dos casos no mês de janeiro foi de 16% em relação ao último mês de 2021. Em termos gerais, observa-se que houve taxas ligeiramente distintas entre as diferentes regiões. Por um lado, a região da Grande Florianópolis apresentou taxa de crescimento bem acima da média estadual (24%), enquanto as regiões do Planalto Norte-Nordeste e Grade Oeste apresentaram taxas de crescimento idênticas à média estadual”.
No entanto, todas as regiões catarinenses apresentam crescimento nos números da pandemia, invertendo uma tendência que tinha se consolidado nos últimos meses de 2021, quando, em novembro, Santa Catarina chegou a zerar os números de mortes diárias pela Covid-19.“Entendemos que ainda é necessário manter as principais medidas preventivas até que o percentual da população vacinada atinja um patamar capaz de evitar a contínua propagação do coronavírus, especialmente da nova variante que está se disseminando no Estado”, analisa no documento, referindo-se à variante Ômicron.
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