SC é o 2º Estado com menor taxa de mortes violentas em 2022.

Novo Anuário do FBSP (Fórum Brasileiro da Segurança Pública) mostra queda de indicador; consultor de segurança avalia alta de homicídios.

SC é o 2º Estado com menor taxa de mortes violentas em 2022.
Santa Catarina é o segundo Estado com a menor taxa de mortes violentas, com 9,1 mortes por 100 mil habitantes, segundo o novo Anuário do FBSP (Fórum Brasileiro da Segurança Pública), divulgado nesta quinta-feira (20). As mortes violentas intencionais caíram de 638 para 597, entre 2021 e 2022.

Na escala subnacional, o Estado mais violento do país em 2022 foi o Amapá, com taxa de mortes violentas intencionais de 50,6 por 100 mil habitantes, mais do que o dobro da média nacional. Já o Estado menos violento é São Paulo, com 8,4 mortes por 100 mil habitantes. Ao todo, 20 estados registraram taxas de MVI acima da média nacional.

Mesmo assim, Santa Catarina registrou no primeiro semestre de 2023 um aumento no número de homicídios. Foram 305 casos frente a 288 no mesmo período do ano anterior, segundo a SSP (Secretaria Estadual de Segurança Pública).
A esse aumento o secretário de Segurança Pública, Paulo Cezar Ramos de Oliveira, atribui a estatística à atuação do crime organizado, com uma intensa movimentação de facções.

“Temos o maior número de portos, que é o melhor meio de transportar grandes quantidades de substâncias entorpecentes”, justifica Oliveira. “É a cereja do bolo para essas organizações”.

O Estado tem cinco portos ativos, em Itajaí, Navegantes, São Francisco do Sul, Itapoá e Imbituba.
Já o consultor de segurança, Eugênio Moretzsohn, aponta que houve o crescimento de homicídios em relação ao ano anterior por conta de “crimes ‘entre pares’: acerto de contas do tráfico e queimas de arquivo”.

Ele ressalta que há maior segurança nas ruas pelas presenças das forças de segurança estaduais (PM) e municipais (GM), além das investigações da Polícia Civil, amparadas pelas perícias técnicas da Polícia Científica.

“Importante lembrar que o que prende o bandido e o mantém trancado é o papel: o Auto de Prisão em Flagrante (APF) e o Inquérito Policial, por isso a importância de investigações bem conduzidas que produzem provas robustas”, afirma.

Joinville é a cidade com a maior alta

O município de Joinville, no Norte do Estado, é a cidade catarinense que teve a maior alta: foram 32 mortes violentas neste primeiro semestre – 13 a mais do que o documentado no mesmo período do ano anterior. Depois vêm Criciúma (aumento de 6 casos neste ano), no Sul, e as litorâneas Itapema e Balneário Piçarras (alta de 5 e 4 homicídios, respectivamente)

“Há uma determinação geográfica desse aumento, que é Joinville. Como é uma cidade próxima à Curitiba, atendida pela BR-101 em larga escala, além de outras razões estratégicas. Entre eles [as facções], estão brigando para se instalar e iniciar a partir de Joinville, o que produz muitas mortes”, destaca o secretário.

Cresce número de estupros de vulneráveis

Santa Catarina está entre os estados que registraram aumento de vítimas vulneráveis: foram 3058 vítimas, 350 casos a mais que o ano anterior. As vítimas são menores de 14 anos, pessoas com enfermidades, doença mental ou sem discernimento. O aumento de 11,2% é o 12º maior entre as Unidades da Federação.

Foram 3.058 vítimas vulneráveis frente a 2.708 registradas no anterior em Santa Catarina. Já entre os casos envolvendo mulheres com mais de 14 anos e não vulneráveis foram documentadas 1.483 vítimas, uma a menos que 2021, de acordo com o Anuário.

 
 
 
 
Fonte: ND +
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