Produtores estimam perdas de até 90% na produção de bananas após ciclone.

Mais de 2,5 milhões de pés foram destruídos pela força do vento.

Produtores estimam perdas de até 90% na produção de bananas após ciclone.

Os produtores de banana de Corupá, no Norte catarinense, ainda contabilizam os danos causados pelas passagem do 'ciclone bomba' que atingiu Santa Catarina.

As perdas chegaram a 90% para muitos deles, conforme estimativa da Associação dos Bananicultores do município (Asbanco), e cerca de 2,5 milhões de pés foram destruídos.

A cidade é a maior produtora e exportadora de bananas do estado.

O fenômeno foi classificado como o maior prejuízo da história. É o caso do bananicultor Arlindo Haas, que trabalha com a fruta há 36 anos, e disse que nunca houve uma destruição tão grande em suas plantações.

"Dessa vez foi muito triste. Cabeça erguida e trabalhar para frente para ver se ano que vem colhemos banana de novo", lamentou o produtor. Segundo ele, metade dos 14 mil pés de sua propriedade foram derrubados pela força do vento.

A fruta é a principal fonte de renda de 500 famílias no município, incluindo a de Haas. A diretora da Associação dos Bananicultores de Corupá, Eliane Müller, afirmou que o fenômeno prejudicou todas elas.

"Todas as localidades foram afetadas e todos os produtores perderam muita fruta. Nós temos relatos de produtores que perderam 40%, 50%, 60% e até 90% da área plantada", afirmou.

Na sexta-feira, agricultores e cooperativas devem se reunir com representantes da Epagri para fazer o levantamento dos danos.

Terceira crise no ano

Essa é a terceira crise que o bananicultor catarinense enfrenta neste ano. Antes do ciclone destruir as plantações, a estiagem já havia prejudicado a produção e as vendas da fruta haviam sido afetadas pela pandemia de coronavírus.

Para o diretor técnico da secretaria de Desenvolvimento Econômico de Corupá, Lucas Trevisan, o cenário pode ficar ainda mais crítico.

"A gente costuma dizer que este primeiro semestre que passou do ano de 2020, técnicos e produtores devem esquecer aqui na bananicultura. Mas ainda tem um fenômeno que é adverso para cultura da banana, que corre o risco, já pela previsão, que é a geada. Se vir a geada ainda neste mês, corre o risco ainda de secar todas as folhas dos pés de banana que sobraram aqui no município", afirmou.

O cultivo da fruta também foi afetado em municípios do Vale do Itajaí e do Sul do estado. Em Luiz Alves, 50% das plantações de bananas também foram destruídas.

O número equivale a cerca de 400 propriedades afetadas.

Muitos pés da fruta também tombaram em Jacinto Machado, e a maioria deles sequer estava pronta para a colheita. Os municípios ainda calculam o valor dos prejuízos.

 

 

Fonte: G1 / SC

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