PF bloqueia R$ 400 milhões em bens de organização criminosa responsável por pirâmide financeira.

Entre os bens apreendidos estão: 473 imóveis, 10 embarcações, uma aeronave e 40 veículos de luxo.

PF bloqueia R$ 400 milhões em bens de organização criminosa responsável por pirâmide financeira.

Na manhã desta terça-feira (28), a Polícia Federal deflagrou a Operação Ouranós para desarticular uma organização criminosa que operava com estrutura semelhante à pirâmide financeira, a partir de instituições financeiras e agentes do mercado de capitais sem autorização ou registro no Banco Central do Brasil e na Comissão de Valores Mobiliários.

Fotos: Polícia Federal / Divulgação

No total, estão sendo cumpridos 28 mandados de busca e apreensão, 11 medidas cautelares diversas da prisão, sendo duas dessas com monitoramento eletrônico por tornozeleira, contra 12 pessoas físicas e mais de 50 empresas. Foi determinado ainda o bloqueio e sequestro de aproximadamente R$ 400 milhões em bens, sendo 473 imóveis, 10 embarcações, uma aeronave, 40 veículos de luxo e alto luxo, mais de 111 contas bancárias, além de três fundos de investimento.

O esquema consistiu em fazer operar uma distribuidora de títulos e valores mobiliários – DTVM, para captar recursos na ordem de mais de R$ 1 bilhão, e de aproximados sete mil investidores, localizados em 17 estados da Federação e do exterior, por meio de oferta pública de contratos de investimento coletivos – CIC, para aplicação em suposta arbitragem de criptomoedas, com remunerações fixas e variáveis, sem qualquer controle, registro ou autorização dos órgãos competentes.

A partir dessa captação bilionária, os recursos transitaram em várias contas de passagem, de diversas empresas, por meio de blindagem patrimonial, visando a esvaziar o patrimônio da instituição financeira clandestina. O rastreamento dos recursos ilícitos mostrou que os investigados realizavam “centrifugação de dinheiro”, sistema esse em que são utilizados vários níveis em contas de passagem, com fracionamento de transferências bancárias.

Fotos: Polícia Federal / Divulgação

As investigações identificaram, ainda, investimentos com possível origem no tráfico de drogas, crimes contra o sistema financeiro nacional e fraudes empresariais e fiscais. A apuração, iniciada em 2020, constatou que o início das ações ilícitas ocorreu em Balneário Camboriú, em seguida em Curitiba (PR), estendendo-se, posteriormente, para o centro econômico do país, em São Paulo (SP).

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e crimes contra o sistema financeiro nacional, dentre eles, fazer operar instituição financeira sem autorização, oferta irregular de valor mobiliário, exercício ilegal de assessoria de investimento.

Confira as cidades dos cumprimentos dos mandados:

Balneário Camboriú – 09
Palhoça – 03
Porto Alegre – 02
Curitiba – 11
São Paulo – 03

 

Fotos: Polícia Federal / Divulgação
 
 
 
Fonte: SCC
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