Novo Ensino Médio: veja o que muda nesta etapa já em 2022.

Implementação da reforma começa pelos alunos do 1º ano e segue em 2023, agregando os do 2º ano, e em 2024, os do 3º ano.

Novo Ensino Médio: veja o que muda nesta etapa já em 2022.

Previsto em lei sancionada há cinco anos, o Novo Ensino Médio será posto em prática a partir deste ano em todo o Brasil. Seu modelo é semelhante ao já existente em outros países, como Estados Unidos, Finlândia e Coreia do Sul. A principal diferença é que as disciplinas oferecidas não serão as mesmas para todos os estudantes – em uma parte da carga horária, cada aluno poderá escolher, entre algumas opções, o componente curricular que mais lhe interessa.

A implementação se dará em etapas. Em 2022, a mudança abrangerá somente as turmas de primeiro ano do Ensino Médio. Em 2023, serão contemplados os primeiros e os segundos anos. Em 2024, por fim, os terceiros anos também serão agregados e o novo formato já será usado, inclusive, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Em outros Estados brasileiros, a reforma trará um aumento na carga horária do Ensino Médio, passando de 800 para mil horas/aula anuais. No RS, a carga horária já era ampliada e não deve sofrer mudanças. No entanto, Educação Física, Arte, Sociologia e Filosofia, Literatura e Língua Espanhola só farão parte do grupo de disciplinas obrigatórias em um dos três anos – nos restantes, dependerá da área de interesse escolhida pelo aluno.

Nova grade curricular

A “arquitetura” do currículo do Novo Ensino Médio é dividida em duas partes: a Formação Geral Básica (FGB), que são as disciplinas obrigatórias comuns a todos os alunos, e os Itinerários Formativos (IFs), que são os períodos nos quais o estudante escolhe o que quer fazer.

Na rede estadual do Rio Grande do Sul, as turmas de primeiro ano do Ensino Médio ainda não poderão escolher um IF para seguir. Das mil horas/aula do ano letivo, 800 serão da FGB e em 200 serão ministradas três novas disciplinas: Projeto de Vida, Mundo do Trabalho e Cultura Digital.

Há, porém, a possibilidade de as escolas estaduais oferecerem ainda neste ano também disciplinas eletivas sobre outros assuntos, para além dessa carga horária. É o que acontecerá em muitas escolas da rede privada, que já trazem a oferta de matérias que constarão obrigatoriamente nos IFs a partir do ano que vem.

Em 2023, os alunos do segundo ano terão 600 horas de FGB, carga horária inferior à do primeiro ano, aumentando, assim, para 400 horas de IF, sendo 67 horas delas obrigatoriamente de Projeto de Vida e o restante de Aprofundamento Curricular – aquelas disciplinas que cada estudante escolherá.

No terceiro ano, em 2024, a situação se inverte: será mais tempo de IF (600 horas), sendo 67 horas de Projeto de Vida, e menos de FGB (400 horas). O entendimento é de que quanto mais o aluno se aproxima da formatura, mais consciente ele está de qual área de atuação ele quer seguir.

Itinerários Formativos

Os IFs são a parte do currículo que compreende o conjunto de componentes curriculares que os estudantes podem escolher, a partir do seu interesse, para aprofundar e ampliar aprendizagens em uma ou mais áreas de conhecimento e/ou formação técnica e profissional. Os itinerários são compostos por: aprofundamento curricular e, em alguns casos, componentes chamados de disciplinas eletivas.

A organização desses itinerários se dá com base em cinco grandes áreas de conhecimento. A divisão de quatro delas é similar à aplicada no Enem:

- Linguagens e suas Tecnologias

- Matemática e suas Tecnologias

-  Ciências da Natureza e suas Tecnologias

- Ciências Humanas e suas Tecnologias

- Formação técnica e profissional

 

Esta quinta grande área de conhecimento, de formação técnica e profissional, é a única que não faz parte do Enem e nunca integrou, também, os estudos do currículo básico do Ensino Médio. No entanto, assim como em outros países, como a Finlândia, agora também será possível optar por um segmento mais técnico, e não acadêmico.

Projeto de Vida

A ênfase da nova disciplina de Projeto de Vida, que integrará o currículo de todos os três anos do Ensino Médio, ocorre como parte de um novo conceito dado para esta etapa. A ideia é ajudar o aluno a planejar seus próximos passos, pessoal e profissionalmente.

— Antigamente, família rica contratava um psicólogo para dar uma orientação vocacional para o adolescente. Agora teremos essa disciplina que, além de orientação vocacional, também buscará ajudar o aluno a entender quem ele é, o que ele quer da vida e como ele pode se preparar para aquilo — explica a secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira.

A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) tem oferecido formações continuadas para seus professores, a fim de capacitá-los para ministrar estas novas disciplinas. Na rede privada, algumas escolas têm aliado a atuação de docentes com a de psicólogos escolares nessa empreitada.

 

 
 
 
Fonte: Gaúcha/ZH
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