Infestação de Aedes aegypti chega a 40% dos municípios de SC.

Número de focos do mosquito no Estado teve uma redução de 21,1% se comparado ao ano anterior.

Infestação de Aedes aegypti chega a 40% dos municípios de SC.

De acordo com dados do Boletim Epidemiológico da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), das 295 cidades que constituem o Estado, em 118 há infestação de Aedes aegypti — mosquito que pode transmitir doenças como chikungunya, dengue, febre amarela e febre zika. O número indica a presença do inseto em 40% dos municípios catarinenses.

O levantamento levou em consideração o período de 2 de janeiro de 2021 a 12 de fevereiro de 2022. Segundo os dados divulgados, enquanto no ano passado foram identificados 12.240 focos do mosquito em 164 municípios de Santa Catarina, neste ano foram registrados 9.658 casos em 177 municípios. Com isso, houve uma redução de 21,1% da presença dos focos registrados.

Atualmente, as principais cidades infestadas pelo inseto são Blumenau, Florianópolis, Joinville, Itajaí e São José e Xanxerê. 

Segundo o boletim, foram confirmados 92 casos de dengue. Já com relação ao chikungunya há 21 casos suspeitos. No que diz respeito à febre zika, são sete casos suspeitos.

Neste ano, já foi registrada em Santa Catarina uma morte por dengue. A vítima era um homem de Criciúma que começou a apresentar sintomas da doença em dezembro do ano passado e faleceu em janeiro deste ano. O caso foi considerado como importado porque o catarinense havia viajado para São Paulo e passado por cidades paulistas com altos índices de transmissão do vírus.

Combate ao mosquito

Uma das maneiras de evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti é eliminando focos de água parada. Em casas e apartamentos, as seguintes estratégias são recomendadas:

- Tampar os tonéis e caixas de águas;

- Manter as calhas limpas;

- Deixar as garrafas com o gargalo virado para baixo;

- Manter as lixeiras fechadas;

- Limpar os ralos e mantê-los cobertos;

- Cuidar e limpar semanalmente os vasos de plantas;

- Utilizar escova ou bucha para limpeza de potes de água dos animais;

- Retirar a água acumulada das áreas de serviço e atrás da máquina de lavar roupa;

Também é possível realizar algumas ações preventivas em ambientes externos. Os agentes sanitários fazem as seguintes recomendações:

- Cobrir e realizar a manutenção periódica de áreas de piscinas e hidromassagem;

- Limpar os ralos e canaletas externos;

Ficar atento ao acúmulo de água em plantas como bromélia e babosa;

Manter as lonas usadas para cobrir objetos esticadas para evitar acúmulo de poças de água.

Como evitar ser picado

Existem algumas maneiras de tentar evitar a picada do Aedes aegypti. Os médicos e especialistas fazem as seguintes recomendações:

- Colocar telas nas janelas e, se achar necessário, utilizar também mosquiteiros nas camas e berços;

- Usar sempre repelente, reforçando a aplicação em áreas expostas do corpo (braços, pernas e rosto);

- Utilizar calças e blusas de manga comprida;

- Evitar frequentar locais com grande concentração de mosquitos.

Sintomas

Os sintomas mais frequentes em caso de dengue são febre, dores no corpo, na cabeça e nos olhos, falta de ar, manchas na pele e indisposição. Em casos mais graves, podem acontecer hemorragias.

A chikungunya também causa febre e dores no corpo, mas estas ficam concentradas principalmente nas articulações. Além disso, os sintomas geralmente duram em torno de duas semanas, mas os incômodos nas articulações podem permanecer por meses.

Se comparada com a dengue e chikungunya, a febre zika é a que apresenta os sintomas mais leves. Os pacientes têm febres baixas — raramente chegam a 39 graus —, olhos avermelhados e coceira. Geralmente, os sintomas não duram mais do que uma semana. 

O zika vírus relaciona-se com uma síndrome neurológica que causa paralisia —  Síndrome de Guillain-Barré — e a casos de microcefalia —  anomalia em que o recém-nascido apresenta perímetro cefálico inferior a 33 centímetros. Nestes casos, pode ser letal.

Já os sintomas da febre amarela geralmente surgem seis dias após a picada do mosquito infectado. O paciente pode apresentar febre alta — superior a 37,8 graus — , mal-estar, dor de cabeça e muscular e calafrios. Podem ocorrer também náuseas, vômitos e diarreia.

Tratamento e vacina

O tratamento para dengue, chikungunya e febre zika é praticamente o mesmo. Os médicos recomendam que os doentes permaneçam em repouso e bebam bastante líquido. Além disso, alguns medicamentos são receitados para dor. Nestes casos, só não podem ser ingeridos remédios que contenham ácido acetilsalicílico, pois podem desencadear hemorragias.

No caso da febre amarela, não há um tratamento específico. É recomendado que o paciente fique em repouso e beba líquidos com frequência. Os médicos podem receitar alguns medicamentos que ajudem a aliviar as dores no corpo, mas, novamente, é vetado o consumo de remédios com ácido acetilsalicílico, pois eles podem ocasionar sangramentos.

A vacina contra a dengue é outra maneira de se proteger da doença. Embora ela não seja disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é possível encontrá-la em clínicas particulares. Como existem algumas contra indicações do imunizante, é recomendável procurar um médico antes da aplicação.

A vacina contra febre amarela se encontra disponível em postos de saúde do SUS e em clínicas particulares. O imunizante faz parte do calendário básico de vacinação das crianças e adultos e, em alguns estados brasileiros, é obrigatório para pessoas que residam ou pretendem viajar para áreas endêmicas da doença — como o norte do Brasil e alguns países da África.

No caso da chikungunya, a vacina ainda está em fase de testes e não se encontra disponível no Brasil. O imunizante está sendo desenvolvido pela farmacêutica francesa Valneva, parceira do Instituto Butantan. Os estudos indicaram 98,5% de eficácia.

Também não há vacina para a febre zika. Apesar disso, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerias (UFMG), da Fiocruz e da Universidade George Washington, nos Estados Unidos estão realizando um estudo clínico para o desenvolvimento de uma vacina experimental. 

 

 
 
 
Fonte: Gaúcha / ZH
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