Fugindo da crise econômica, argentinos buscam reorganizar a vida no Brasil.

Imigrantes enfrentam travessias arriscadas para chegar ao país; projeto dá dicas para quem quer deixar o país vizinho e encontrar refúgio em cidades brasileiras.

Fugindo da crise econômica, argentinos buscam reorganizar a vida no Brasil.
Para fugir da crise econômica e das péssimas condições de trabalho na Argentina, o Alejandro e os quatro filhos encararam uma jornada arriscada até o Brasil. A família atravessou um rio em uma balsa improvisada na fronteira com a Bolívia para depois chegar ao Paraguai e só então ingressar legalmente no país. Para Alejandro, a mudança simboliza a possibilidade de um futuro melhor. “É uma maravilha. Não nos sentimos estrangeiros ou invasores, que era esse um medo meu, que o povo interpretasse que viemos para invadir, para roubar algo. Não, não. Viemos para somar”, comenta. A pandemia intensificou o caos que já estava em curso na Argentina. Desde 2018, o país enfrenta uma recessão profunda, com preços nas alturas, aumento de impostos, controle rígido do capital e uma moeda fraca. Para fugir desse cenário, muitas famílias buscam no Brasil uma alternativa para mudar de vida.
Pensando nisso, o casal de brasileiros Sil e Marcelo Taormina criou um canal no Youtube para orientar quem quer fugir da crise no país vizinho. O que começou com dicas sobre documentação avançou. Hoje, eles ajudam quem é marginalizado pelo governo Alberto Fernandez a conseguir um lar, oferecendo itens básicos para recomeçar. “Eles quando chegam muitos deles tivemos que dar um lugar na nossa casa, de dois, três, quatro dias, sete dias foi a última família que tivemos, para que consigam procurar uma casa para alugar. Eles chegam aqui sem nada. O que mais estamos precisando é uma casa, um galpão, um espaço físico com um banheiro para que as pessoas tenham onde morar por uma semana”, explica.
Apenas na Baixada Santista, onde o casal vive, já há mais de trinta famílias que deixaram tudo o que tinham na Argentina em busca do “sonho brasileiro”. O Marcelo alerta que, caso as fronteiras sejam reabertas, há chances de ocorrer uma fuga ainda maior de argentinos para o Brasil. “Tenho pessoas que estão desesperada para viajar, têm passagem comprada em março e não deixam eles embarcarem. Se em algum momento abrir alguma fronteira, vai ter uma explosão de êxodo, o pessoal vai deixar tudo e vem para cá respirar liberdade”, pontua. Em junho, o Índice de Preços ao Consumidor da Argentina subiu 3,2%, na comparação com o mês anterior. Em 12 meses, a inflação no país chegou a 50,2%.
 
 
 
 
Fonte: Jovem Pan
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