Em alerta vermelho, Estado prepara especialistas em resgate e inundações.

Frisando que a principal preocupação é salvar vidas, governador Jorginho Mello se reuniu com o Grupo de Ações Coordenadas para definir estratégias.

Em alerta vermelho, Estado prepara especialistas em resgate e inundações.

“Agora o objetivo é salvar vidas”, afirmou na sexta-feira (6) o governador Jorginho Mello, após reunião do Grac (Grupo de Ações Coordenadas), na sede da Defesa Civil, em Florianópolis, para traçar estratégias caso as previsões de que pode chover mais de 150 milímetros no Estado neste fim de semana, principalmente nas regiões do Alto Vale e Vale do Itajaí, se concretizem.

“Agora o objetivo é salvar vidas”, afirmou na sexta-feira (6) o governador Jorginho Mello, após reunião do Grac (Grupo de Ações Coordenadas), na sede da Defesa Civil, em Florianópolis – Foto: Eduardo Valente/GOVSC
 

Com parte do Estado em alerta vermelho (risco muito alto) e parte em laranja (risco alto), três equipes de força-tarefa já foram mobilizadas para a região e estão em prontidão em Rio do Sul para quaisquer emergências. Um ônibus, que funciona como unidade móvel de atendimento, também está mobilizado. “Daqui a pouco fecha o tempo e não chega mais nada lá. Precisamos levar remédios, ajuda. Vamos ficar de plantão, com o ônibus também. Estamos fazendo o máximo do máximo para de forma tranquila e responsável socorrer as pessoas”, destacou o governador.

Operando no nível 2 (Código Laranja) desde quinta-feira (5), o Grac é composto pelas secretarias de Proteção e Defesa Civil, Assistência Social, Administração Prisional e Saúde, além do Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar, Casan e Celesc, e permanece mobilizado até o fim do período crítico. “A reunião [do grupo de ações] foi aberta, mas não será fechada. Estaremos toda hora voltando aqui para observar os boletins e a situação do Estado” afirmou Jorginho.

O Corpo de Bombeiros Militar está com reforço das equipes para atendimento ágil com helicóptero e serviços especializados. A situação é mais preocupante na região do Alto Vale do Itajaí, com a previsão de que o rio Itajaí-açu atinja 11,5 metros em Blumenau. Em Rio do Sul, comerciantes das ruas centrais retiraram estoques e limparam vitrines diante do risco de alagamento. Um Auto Posto de Comando foi montado no município para que possam ser tomadas decisões mais ágeis, além de uma equipe de tecnologia da informação garantindo os sistemas em pleno funcionamento.

Especialistas em resgate e inundações

Uma equipe do comando geral fica na sede da Defesa Civil de Santa Catarina direcionando as ações conjuntamente com a coordenação do coronel Fabiano de Souza. Foram montadas três equipes de forças-tarefa no 15º Batalhão de Bombeiros Militar de Rio do Sul com militares especialistas em busca e resgate em inundações e enxurradas, com embarcações, viaturas e equipamentos necessários para reforço e pronta operação deslocados de São José, Xanxerê e Curitibanos e o helicóptero Arcanjo 3 de Blumenau.

Outras 13 forças-tarefas e o BajH (Batalhão de Ajuda Humanitária) estão de sobreaviso. “O Estado começou a se preparar com bastante antecedência para o impacto, que é inevitável”, destaca o coordenador de Gestão de Desastres da Defesa Civil de SC, César Nunes. O secretário de Proteção e Defesa Civil, Coronel Armando, reforça o pedido de atenção da população nesse período. “As pessoas que moram em área de alagamentos e de desabamento têm que estar mais atentas. Nós coordenamos o trabalho com os órgãos municipais, que estão abrindo abrigos para possíveis necessidades”, diz. “Quanto mais atuamos preventivamente, menor vai ser o impacto dos desastres que possam vir.”

Registros apontam 71 municípios prejudicados e 28 em emergência

Antes mesmo da chuva voltar com força no Estado após a trégua entre quinta e sexta, Santa Catarina já havia registrado uma morte, pelo menos 1.900 pessoas afetadas e 71 municípios prejudicados pela chuva, com 28 decretando situação de emergência.

A cidade de Canoinhas, no Planalto Norte, concentra o maior número de pessoas atingidas. Ao todo, foram 720 afetados. Os prefeitos de Jaborá, Rio do Sul, Aurora, Rio do Oeste, Laurentino, Rio Negrinho, Campo Alegre, São Bento do Sul, Ibiam, Campos Novos, Frei Rogério, Monte Carlo, Brunópolis, Curitibanos, Corupá, Presidente Getúlio, Itaiópolis, Canoinhas, Papanduva, Mafra, Tangará, Vargem, Mirim Doce, Três Barras, Bela Vista do Toldo, Itaiópolis, São Cristóvão do Sul e Erval Velho optaram pelo decreto de emergência.

Em Tangará, no Oeste, dez pontes foram derrubadas, quatro famílias ficaram ilhadas e 12 ficaram desalojadas. Desde quarta-feira (4), o município – que está entre as cidades que decretaram emergência – recebeu 170 milímetros de chuva, o maior volume acumulado até o momento. No total, já são 5.000 afetados pela chuva em Tangará.

As cidades de Aurora, Canoinhas, Erval Velho e São Bento do Sul precisam, juntas, de cerca de R$ 121 mil em itens para ajudar os afetados e reparar os estragos. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar, das 1.900 pessoas afetadas, 31 famílias e 80 pessoas estão desabrigadas e 304 estão desalojadas. Em relação às rodovias estaduais, 14 foram comprometidas e, destas, nove completamente interditadas, conforme a PMRv (Polícia Militar Rodoviária Estadual).

Recomendações

A Defesa Civil recomenda protelar as viagens do fim de semana. Mas se for muito necessário o indicado é realizar um planejamento e consultar o site da Polícia Civil de Santa Catarina para verificar a situação das estradas, porque o risco de deslizamento e desmoronamento nas rodovias é bastante grande. Além disso, a Defesa Civil recomenda que a população ribeirinha, que mora perto de rios e encostas de áreas de risco, procure sair de suas casas quando houver qualquer sinal de desmoronamento ou alagamento.

Em razão das chuvas no Estado, principalmente nas regiões mais atingidas, alguns órgãos estaduais suspenderam atividades e o atendimento ao público:

Detran: As Ciretrans de Rio do Sul, Taió, Trombudo Central e de Ibirama comunicam que estão com as suas atividades suspensas a partir desta sexta-feira, 6 de outubro. A suspensão ocorre devido ao risco iminente de que as águas atinjam as unidades, bem como pela impossibilidade de deslocamento dos colaboradores até os seus postos de trabalho. Ainda não há uma data definida para a retomada do atendimento ao público. Tão logo a normalidade seja restabelecida, a população será comunicada.

Educação: Com a previsão de mais chuvas, a Secretaria de Estado da Educação (SED) reforça a orientação às Coordenadorias Regionais de Educação de seguir as recomendações das autoridades locais municipais e Defesa Civil estadual. Nesta sexta-feira, 6 de outubro, 38 municípios têm escolas com aulas suspensas em Santa Catarina, priorizando a segurança dos estudantes e professores.

Polícia Científica: Em Rio do Sul, devido à previsão de alta dos rios, foi desativada parcialmente a unidade de criminalística e da identificação civil. O Setor de Medicina Legal (SEML) segue atendendo praticamente inalteradamente por enquanto.

Monitoramento e ação do Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CIGERD), equipes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina e representantes de demais estruturas do Governo do Estado trabalham 24 horas no monitoramento da situação das chuvas no estado, para alertar, orientar e coordenar todas as ações de pronta resposta à população que venha ser atingida. Em qualquer situação de emergência, o número da Defesa Civil é o 199 e do Corpo de Bombeiros Militar é o 193.

 
 
 
Fonte: ND+
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