Carros de luxo, Rolex e joias: quadrilha que movimentou R$ 4 bilhões atuou em SC e no exterior.

Organização aplicava golpes com criptomoedas em pelo menos dez países; 20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta quinta (6).

Carros de luxo, Rolex e joias: quadrilha que movimentou R$ 4 bilhões atuou em SC e no exterior.

A Polícia Federal deflagrou uma operação, nesta quinta-feira (6), contra uma quadrilha que aplicava golpes com criptomoedas em Santa Catarina e no exterior. Conforme as investigações, os criminosos movimentaram cerca de R$ 4 bilhões nos últimos seis anos.

As investigações começaram em março de 2022, depois de a Interpol informar a Polícia Federal que uma empresa internacional, com atuação nos Estados Unidos, estava sendo investigada pela Força Tarefa de El Dorado (El Dorado Task Force), da HSI de Nova Iorque.

O brasileiro, chefe da quadrilha, morava em Curitiba, e é suspeito de envolvimento em conspiração multimilionária de lavagem de capitais, a partir de um esquema de pirâmide de investimentos em criptoativos.

Os 20 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 23ª Vara Federal de Curitiba, são cumpridos em Governador Celso Ramos (SC), Curitiba (PR), São José dos Pinhais (PR), Barueri (SP), São José do Rio Preto (SP) e Angra dos Reis (RJ).

Além disso, houve a decretação judicial de sequestro de imóveis e bloqueio de valores. Diligências iniciais revelaram que o brasileiro possuía mais de cem empresas abertas no Brasil vinculadas a ele e, através de seu grupo empresarial, estaria lesando investidores não só no exterior, mas também em território nacional.

Por meio de atuação coordenada entre as autoridades norte-americanas e a Polícia Federal, foram produzidas provas nos Estados Unidos, que auxiliaram a investigação brasileira para constatar que o investigado cometia fraudes não só no exterior, mas também no Brasil.

Como funcionava o esquema

Conforme as investigações, o chefe da quadrilha iludiu milhares de vítimas, que alegava realizar o aluguel de criptoativos com pagamento de remunerações mensais que poderiam alcançar até 20% do capital investido.

Ele dizia que tinha vasta experiência no mercado de tecnologia e criptoativos, e que tinha uma grande equipe de traders que realizariam operações de investimento com as criptomoedas alugadas e, assim, gerariam lucro para suportar o pagamento dos rendimentos.

Ao longo da investigação, ele montou uma organização criminosa, inclusive com muitos membros de sua família que também eram funcionários de suas empresas, para se apropriar dos valores investidos, tanto em reais como em criptomoedas.

A mesma organização mantinha parceiros no exterior, focada em marketing multinível, nos Estados Unidos da e em ao menos outros dez países.

Outra estratégia identificada era a de criação de criptomoedas próprias, que também eram comercializadas através das empresas e garantiriam pagamento de retornos mensais extravagantes.

Enquanto parte dos recursos dos clientes era usada para pagamentos das remunerações mensais, o restante era usado pelo investigado e pela quadrilha para compra de imóveis de alto valor, carros de luxo, embarcações, reformas, roupas de grife, joias, viagens e diversos outros gastos.

A quadrilha, então, deixou de pagar as remunerações mensais contratadas pelos clientes. Da mesma forma, bloqueou os pedidos de saques. Dentre as justificativas havia problemas administrativos, financeiros e técnicos.
A Polícia Federal afirma que a organização movimentou, no Brasil, cerca de R$ 4 bilhões.

 

 
 
 
Fonte: portal 61
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