Acidentes em rodovias federais deixam custo de R$ 1,32 bilhão em SC.

Além de 6.343 vítimas, entre mortos e feridos, ocorrências deixaram prejuízo financeiro.

Acidentes em rodovias federais deixam custo de R$ 1,32 bilhão em SC.

Santa Catarina foi o terceiro estado brasileiro que mais teve prejuízos financeiros com acidentes de trânsito em trechos de rodovias federais no último ano. Além de 6.343 vítimas, entre mortos e feridos, as ocorrências deixaram um custo de R$ 1,32 bilhão.

O prejuízo com os acidentes no estado só ficou atrás dos gastos de Minas Gerais (R$ 1,69 bilhão) e do Paraná (R$ 1,41 bilhão). No Brasil todo, a perda com as ocorrências nas BRs foi de R$ 12,91 bilhões.

Os valores são de uma estimativa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que calcula um gasto de cerca de R$ 200 mil por incidente — foram 7.587 nos trechos catarinenses das BRs em 2022.

As quantias envolvem principalmente gastos com as vítimas (atendimento hospitalar, perda de produtividade, previdência) e os veículos (danos materiais, custos de remoção, perda e reposição de cargas), mas também incluem custos com a própria via e os que a CNT trata como institucionais.

— Os custos institucionais são relacionados a seguros, processos judiciais, o atendimento do policial que se deslocou até a rodovia. E os custos da via são os danos provocados na própria infraestrutura, porque eventualmente se destrói uma placa, um poste, uma barreira em um ponte — explica Bruno Batista, diretor-executivo da CNT, em entrevista à NSC TV.

O dirigente da entidade faz ainda apelo por investimentos em melhorias na infraestrura, o que poderia minimizar os custos com os acidentes, além das mortes.

— O não investimento acaba gerando ônus para a sociedade e perda de eficiência logística. É um péssimo negócio não investir em melhorias das nossas rodovias — afirmou.

Porta-voz da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Catarina, órgão que fiscaliza o tráfego nas BRs, o inspetor Adriano Fiamoncini reafirma que os acidentes podem estar relacionados a deficiências estruturais das rodovias, mas também à imprudência de motoristas.

— Colisão frontal em pista simples é o tipo de acidente que mais causa morte, é aquela ultrapassagem na hora errada ou no local proibido. Em pista simples, isso ocorre muito no interior do estado. Atitudes e decisões erradas são as principais causas de acidentes, principalmente com as ultrapassagens mal sucedidas — diz Fiamoncini, também à NSC TV.

O estudo da CNT sobre os custos com as ocorrências, divulgado em março deste ano, lista que, ao menos no ano passado, os trechos com cenário mais alarmante foram os das BRs 101, 470 e 282.

A primeira delas, que beira todo o Litoral, teve 3.292 acidentes e 120 mortes; a segunda, que corta o Vale do Itajaí, teve 993 ocorrências e 73 óbitos; já a terceira, a maior do estado, atravessando ele da Grande Florianópolis ao Extremo-Oeste, acumulou 936 incidentes e 84 vítimas fatais.

A CNT é a mesma entidade que reconheceu, em 2021, a BR-163 em Santa Catarina como a pior rodovia pavimentada do país. No ano seguinte, ele subiu algumas posições no ranking, mas ainda se manteve o pior trecho de uma rodovia federal.

 

 

 
 
 
Fonte: NSC
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