Mercado vê maior salto de juros em 21 anos com teto de gasto sob risco.

Qualquer elevação da Selic em mais de 1 ponto percentual será a maior desde a alta de 3 pontos percentuais do juros ao fim de 2002.

Mercado vê maior salto de juros em 21 anos com teto de gasto sob risco.
As recentes movimentações econômicas e a chance de o governo furar o teto de gastos para pagar o Auxílio Brasil, programa idealizado para substituir o Bolsa Família, fizeram o mercado financeiro revisar suas apostas e prever a maior alta da taxa básica de juros desde 2002.
Na avaliação das instituições financeiras, o pagamento do novo benefício no valor de R$ 400 vai estimular a inflação e exigir um aumento dos juros em ao menos 1,25 ponto percentual na próxima quarta-feira (27), o que elevaria a Selic ao patamar de 7,5% ao ano.
Desde o início do século, a Selic só subiu mais de 1 ponto percentual em duas oportunidades: em junho de 2001 (de 16,75% ao ano para 18,25% ao ano) e em dezembro de 2002 (de 22% ao ano para 25% ao ano).
A alta de 1,25 ponto percentual da taxa básica de juros se tornou a aposta dos bancos Credit Suisse, JPMorgan e Morgan Stanley. O UBS BB foi mais arrojado e passou a prever que a Selic deve avançar 1,5 ponto percentual, a 7,75% ao ano.
"Embora a decisão final [a respeito do teto de gastos] ainda esteja para ser vista, em nossa opinião ambas as soluções representam uma mudança no quadro fiscal do Brasil e uma piora dos fundamentos e vão exigir ação mais assertiva da política monetária para ancorar expectativas de inflação e reduzir o atual patamar de inflação para o centro da meta", destaca o Credit Suisse.
A alternativa pela elevação da taxa de juros é o instrumento de política monetária mais utilizado para conter a inflação. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição das famílias para consumir e estimulam outras formas de investimento.
Somente em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,16% e registrou a maior alta para o mês dos últimos 27 anos. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação dos preços superou os 10%.
O veredito a respeito do futuro da Selic será dado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima quarta-feira (27), após o fechamento do mercado financeiro. A eventual decisão pela variação recorde ocorreria após cinco avanços consecutivos dos juros, que levaram a Selic ao atual patamar de 6,25% ao ano.
 
 
 
Fonte: Correio do Povo
  • Compartilhe
  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Whatsapp
Comentários
Publicidade
Publicidade

Veja também

\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\
Publicidade
Publicidade

Envie sua mensagem e assim que possível estaremos respondendo!

Esse site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar o acesso, você concorda com nossa Política de Privacidade. Para mais informações clique aqui.