O Beira-Rio vai receber na noite desta terça-feira (11) a primeira decisão de 2020. A partir das 19h15min, o Inter enfrentará a Universidad de Chile precisando da vitória para confirmar nos 90 minutos a classificação para a próxima etapa da fase preliminar da Libertadores. Em razão do 0 a 0 em Santiago na semana passada, os chilenos têm a vantagem do empate com gols para avançar. Novo placar zerado levará a decisão para os pênaltis.
Os cerca de 40 mil torcedores que irão apoiar o time de Eduardo Coudet nesta noite esperam viver um filme diferente do ano passado. Em 2019, o Inter fracassou nas principais decisões que teve em casa na temporada. Foi diante de sua torcida que o Colorado sofreu a eliminação na Libertadores para o Flamengo e perdeu a final da Copa do Brasil para o Athletico-PR. Uma boa lembrança vem do confronto com o Palmeiras, também pelo mata-mata nacional, onde a equipe de Odair Hellmann conseguiu a classificação no Beira-Rio após a derrota em São Paulo.
A maior esperança para um desfecho positivo diante da Universidad de Chile está na promessa de nova postura do Inter. O time mais ofensivo de Eduardo Coudet em relação aos de Odair Hellmann e Zé Ricardo no ano passado gera a expectativa na torcida, que espera o Colorado pressionando os chilenos desde o início em busca do resultado positivo.
— Muita coisa mudou para esta temporada. A postura do time é completamente diferente da vista anteriormente. O Inter tem uma característica que jogando em casa pode ser melhor aproveitada. O Inter tem a possibilidade classificação na mão e eu acredito que não vai desperdiçar — projeta o comentarista dos canais Fox Sports Osvaldo Pascoal.De fato, os números da partida de ida no Chile mostraram um Inter mais ofensivo apesar do resultado de 0 a 0 e a escalação com quatro volantes de origem no meio-campo. A posse de bola de quase 70% foi maior que qualquer partida do time como visitante na Libertadores do ano passado. O comentarista do SporTV Paulo Vinícius Coelho, o PVC, destaca que o desafio de Coudet é fazer o Colorado ser mais agressivo no Beira-Rio.
— O problema que está havendo é a falta de profundidade por causa do segundo atacante. Nem o D'Alessandro, nem o Sarrafiore são atacantes. Sinto falta de um pouco mais de agressividade quando o time se aproxima da grande área — observa.Tempo de trabalho
Mesmo que os primeiros resultados de Eduardo Coudet no comando do Inter sejam positivos — quatro vitórias e dois empates em seis jogos —, a primeira decisão do ano ocorre com o treinador tendo apenas 34 dias de trabalho no Beira-Rio. Em razão disso, ressalta PVC, é normal que a equipe oscile em alguns momentos. Ele cita ainda as dificuldades que outros clubes brasileiros tiveram nos primeiros compromissos por Libertadores e Sul-Americana:— A gente olha os outros brasileiros, como Corinthians, Atlético-MG, Fluminense e Vasco, e todos tiveram dificuldade. O Inter é parte desse contexto de times brasileiros, que voltam das férias, treinam 10 dias e logo enfrentam decisões.
Osvaldo Pascoal concorda que as dificuldades enfrentadas pelo Inter na formação do time são normais para começo de temporada. Ele, no entanto, acredita que algumas mudanças podem dar a agressividade que a equipe precisa para a noite desta terça.— A linha de volantes pode ser modificada entrando jogadores de maior qualidade técnica. O Boschilia foi bem no último jogo do Gauchão (vitória sobre o Novo Hamburgo) e pode entrar na equipe. O Marcos Guilherme pode melhorar o rendimento e ser agressivo jogando aberto. São características que o Inter pode aproveitar para esta partida de volta — aponta.
Eduardo Coudet optou por fechar os portões do último treino do Inter antes de enfrentar a Universidad de Chile e deixou dúvida na escalação. Independentemente de haver mudanças, o que a torcida colorada espera é ver uma equipe capaz de atacar e superar a La U para seguir o caminho rumo à fase de grupos da Libertadores.
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