Exportações do agronegócio em setembro batem recorde para o mês com US$ 13,97 bilhões.

Grãos, cereais e carne bovina estão entre os itens mais enviados para o exterior, a Ásia segue sendo o continente que mais compra.

Exportações do agronegócio em setembro batem recorde para o mês com US$ 13,97 bilhões.

As exportações do agronegócio brasileiro chegaram a US$ 13,97 bilhões em setembro, um recorde para o mês. O acumulado representa um aumento de 38,4% em relação ao mesmo período de 2021, segundo dados do Ministério da Agricultura. 

Quanto ao preço, o aumento foi de 17,2%. Já o volume de exportações subiu 18,1%, no comparativo anual. 
Entre janeiro e setembro de 2022, as exportações do Brasil chegaram a US$ 122,07 bilhões, o que representa um aumento de 30,5% com relação ao ano passado. 

A soja e derivados, como óleo e farelo, renderam US$ 3,95 bilhões para o Brasil em setembro. Entre os cereais, o que mais alavanca essas vendas é o milho, que no mês passado atingiu volume recorde de exportação: 6,8 milhões de toneladas. 

Leonardo Boaretto produz tanto o grão quanto o cereal em fazendas do estado de Goiás. Apesar do incremento das exportações, os representantes do setor estão cautelosos. “Estamos um pouco preocupados por dois motivos. Primeiro: os custos desta safra estão muito altos, e em segundo lugar que existe uma tendência, em função do aumento da taxa de juros nos EUA, que a gente esteja diante de um cenário de recessão global. E em todo cenário de recessão global, todos os ativos perdem valor, inclusive as commodities.”

Carne brasileira em alta 

Outro produto que registrou recorde de vendas para o exterior foi a carne. Não pelo volume, que recuou 1,3%. Mas pelo valor, que subiu 11,2% nos preços médios, acumulando US$ 2,43 bilhões em exportações no mês de setembro.  

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil é o maior exportador de aves do mundo e o quarto maior de suínos.  Quanto à produção, ocupamos o segundo lugar quando se trata de proteína de frango, e o quarto em carne suína, como explica o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

“Essa produção associada com a exportação tem ajudado muito o País. 70% daquilo que se produz em aves fica no Brasil e 80% no caso de suínos também permanece em nosso país. Mas esses excedentes, de aves e de suínos, são exportados para muitas nações e trazem bastante riqueza e auxiliam na balança comercial. Para este ano devemos ficar muito próximos de US$ 12 bilhões de receita cambial.”

Importações 

Encabeçada pela China, a Ásia foi a região que mais importou produtos agropecuários do Brasil em setembro, US$ 6,39 bilhões. Enquanto isso, o Brasil importou US$ 2,05 bilhões em fertilizantes, valor 14,1% maior que no mesmo mês de 2021.



Fonte: Brasil 61

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