Santa Catarina tem 11 municípios com alto risco de transmissão de dengue, febre de chikungunya e vírus da zika, informou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC) na noite desta quinta-feira (21). No ano passado, eram três. O levantamento foi feito com todas as cidades catarinenses consideradas infestadas pelo mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.
Na comparação com 2018, houve aumento no número de municípios com alto e médio risco de transmissão. No ano passado, 74 cidades eram consideradas infestadas pelo mosquito. Atualmente, são 94. Duas delas, Florianópolis e Jaraguá do Sul, não haviam encaminhado o resultado do levantamento até esta quinta e, por isso, não foram contabilizadas.
Para fazer o levantamento, foram visitados imóveis nos municípios e feita a coleta de larvas do mosquito. Foram inspecionados 78.785 recipientes que continham água parada, ou seja, potenciais criadouros do Aedes aegypti. Do total de coletas, 36,9% foi feita em baldes e vasos de planta; 32,8% em lixo e sucata; e 15,6% em calhas e piscinas.
“Esses dados revelam o quanto todos temos que estar atentos ao ambiente. É preciso manter os quintais limpos e descartar corretamente o lixo. Apesar desses recipientes serem os mais comuns, não podemos esquecer também de manter a caixa d’água fechada e as calhas limpas”, alertou o gerente de Zoonoses da Dive-SC, João Fuck.
O cálculo do risco é feito dividindo-se o número de focos pelo número de imóveis visitados.
Atualmente, o estado tem 1.898 casos de dengue, 1.689 deles contraídos dentro de Santa Catarina. Também há 36 casos de febre de chikungunya e nenhum de vírus da zika.
Sintomas
De acordo com a Dive-SC, a dengue pode evoluir para a forma grave, especialmente se o paciente já teve a doença antes, e levar à morte. Os sintomas são:
febre alta
dor atrás dos olhos
dor muscular intensa
A febre de chikungunya é provocada por um vírus e causa dor nas articulações. Os sintomas são:
febre alta
dor intensa nas articulações, que pode causar limitação de movimentos
O vírus da zika causa infecção. Os sintomas são:
febre baixa
manchas avermelhadas pelo corpo com coceira
inchaço nas articulações
Nenhuma das três doenças têm tratamento específico. Geralmente, os médicos prescrevem remédios que aliviam os sintomas.
Prevenção
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica divulgou orientações para evitar a proliferação do mosquito:
evite usar pratos nos vasos de plantas - se usá-los, coloque areia até a borda;
guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
mantenha lixeiras tampadas;
deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
mantenha ralos fechados e desentupidos;
lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
retire a água acumulada em lajes;
dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;
mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
caso apresente sintomas de dengue, febre de chikungunya ou vírus da zika, procure uma unidade de saúde para o atendimento.
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