Proibição de corrida de cães é rejeitada pela Assembleia Legislativa de SC.

Segundo médica veterinária, prática pode prejudicar a saúde física e mental do animal.

Proibição de corrida de cães é rejeitada pela Assembleia Legislativa de SC.
A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) rejeitou, nesta quarta-feira (25), o projeto de lei que proibia a realização de corrida de cães em Santa Catarina. Por 17 votos a três, além de três abstenções, o PL 70/2021, de autoria do deputado Marcius Machado (PL), foi arquivado.

O texto alterava o Código Estadual de Proteção de Animais. Na justificativa da proposta, o autor argumentou que as competições causam danos físicos e psíquicos aos animais envolvidos. Conforme o deputado, em alguns casos os cães recebem substâncias para melhorar o desempenho. A prática já foi proibida no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.

Em maio deste ano, uma corrida clandestina de cães foi interrompida em Araranguá, no Sul de Santa Catarina. Na ação conjunta das polícias Militar e Civil, cinco homens foram presos por maus-tratos de animal doméstico e quatro cães, apreendidos.
 
Deputados contrários ao projeto
Os parlamentares contrários à proposta demonstraram preocupação com as consequências da aprovação. 

— É um projeto que deixa muitos pontos em aberto. Pode prejudicar atividades praticadas por clubes, que são insuspeitos, gostam dos animais, não estão ali para maltratar. Essa lei não irá aumentar a proteção dos cães e poderá trazer empecilhos —disse Bruno Souza (Novo).

Jessé Lopes (PSL) criticou o que chamou de “pautas dos ‘ecochatos". 

— O que é que tem os cachorros correrem? Eles até se divertem. A tendência é daqui a pouco não poder comer mais churrasco. 

Rodrigo Minotto (PDT) considerou que a corrida de cães não se configura como maus-tratos. 

— Acho que isso [a proibição] é até prejudicial, não contribui para a qualidade de vida do animal — afirmou o deputado. 

O parlamentar Silvio Dreveck (PP), que se absteve, disse não compreender o teor do projeto e pediu esclarecimentos ao autor, que não estava presente na sessão: “Parece que em Santa Catarina não temos essa prática [da corrida de cães].”
 
Prática prejudica saúde dos animais
A médica veterinária Camila Andriani, que atua em Indaial, no Médio Vale do Itajaí, destaca que a corrida de cães deveria ser proibida em Santa Catarina.

— São animais que têm muita energia. Mas isso é totalmente diferente de fazer com que ele corra com outros cães, que ele force o seu físico ao máximo, o que também pode causar lesão.

De acordo com a profissional, além de prejuízos físicos, como ruptura de ligamentos e convulsão por excesso de calor, a prática também traz grandes danos à saúde mental do animal. 

— A corrida é totalmente diferente de soltar o cão em um parque para brincar. Não é como se você estivesse levando o seu animal para passear, você não está fazendo o que ele quer. No passeio, ele para a hora que quer, toma água e descansa — acrescenta.

O ambiente desconfortável e a pressão também podem provocar danos. 
 
 
 
Fonte: DC
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