Produção de trigo em SC deve crescer 55%, maior alta entre os cultivos de inverno.

Projeções foram divulgadas pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri.

Produção de trigo em SC deve crescer 55%, maior alta entre os cultivos de inverno.
Estimulados por altos preços no mercado e pelo incentivo do governo para plantar mais produtos de inverno, agricultores catarinenses aumentaram as áreas cultivadas e a safra  2021/22 promete surpreender. A produção de trigo deve ter um aumento de 55%, de aveia tem previsão de crescer 24%, a safra da cebola crescerá 27%, a de alho 20% e a de cevada terá um acréscimo de 24%. Essas projeções foram divulgadas pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa) em evento online para autoridades na tarde desta segunda-feira.

- Vamos colher uma das safras recordes de cereais de inverno este ano. É importante para equalizar o déficit de milho que é muito grande no Estado – comentou o secretário de Agricultura, Altair Silva.

A área plantada de trigo prevista é de 80.585 hectares, 38% mais do que no ano anterior. Com produtividade 13% maior, é esperada colheita de 276.158 toneladas, 55% mais que as 172.079 toneladas da safra anterior. A projeção é de 3.315 quilos por hectare, em média.

Segundo o analista da Epagri/Cepa, João Rogério Alves, a colheita maior de trigo será possível por três fatores: preços favoráveis, previsão de chuvas suficientes e a política de incentivo do governo estadual, que está doando R$ 250 por hectare plantado. Para se ter ideia, na Região Sul, ano passado, a saca de trigo custava pouco mais de R$ 60 e, neste ano, supera R$ 75.

O Brasil consome cerca de 12 milhões de toneladas de trigo por ano e, na safra 2021/22, prevê produzir 6,8 milhões de toneladas, 32% mais que na safra anterior. A projeção da Conab mostra que, apesar da ampliação, o país está muito longe da autossuficiência produtiva nesse cereal.

Em SC, a produção de aveia, usada para alimentação de inverno de gado de leite, deve crescer 24% este ano frente ao anterior. Serão 53.697 toneladas em área de 39.377 hectares, 13% maior que na safra 2020/21. A produtividade vai crescer 10% e atingir 1.364 quilos por hectare.

O governo de SC também está incentivando maior produção de cevada, que ocupa a menor área entre os produtos de inverno. Segundo a Epagri, deverão ser plantados este ano 392 hectares, 20% menos que em 2020/21. Mas como a produtividade vai crescer 55%, o total a ser colhido é estimado em 1.638 toneladas, 24% mais que na safra anterior.
 
Mais alho e cebola
Foto: Epagri, Divulgação
 
Integrantes da safra de inverno de SC embora sejam hortaliças, o alho e a cebola, também terão aumento de produção na safra 2021/2022. A colheita de alho está projetada em 17.525 toneladas, 20% maior do que a anterior, com produtividade 18% superior, chegando a 10.213 quilos por hectare. Devem ser plantados 1.716 hectares, 2% mais que em 2020. SC é o terceiro maior produtor de alho do país.

Para a cebola, a Epagri projeta aumento de 27% de produção frente a safra anterior, chegando a 494.745 toneladas. Estima que o Estado responderá por 25% da produção nacional. Devem ser cultivados 17.553 hectares, 1% mais que em 2020, com produção de 28.186 quilos por hectare e crescimento de 26% da produtividade.

Tanto o agronegócio, quanto o governo do Estado estão decididos a buscar a ampliação da produção das culturas de inverno, principalmente para amenizar o déficit na produção de milho, da ordem de 4 milhões de toneladas no Estado. A intenção é usar mais trigo, triticale, aveia e cevada para a alimentação animal. A presidente da empresa, Edilene Steinwndter, informou que estão sendo feitas pesquisas para melhorar a produtividade de cereais de inverno em seis unidades da Epagri.

Após a apresentação das projeções da safra, os presidentes da Federação da Agricultura e Pecuária (Faesc), José Zeferino Pedrozo, e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura em SC (Fetaesc), José Walter Dresch, presentes no evento, comentaram sobre os trabalhos da Epagri. Ambos afirmaram que a empresa melhorou a qualidade dos serviços e prazos de entrega.

 
 
 
Fonte: Estela Benetti/ DC
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