O governo federal definiu nesta terça-feira (6) o modelo de privatização dos Correios para se desfazer de 100% do capital da estatal. A informação foi confirmada por Diogo Mac Cord, secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, em entrevista ao jornal o Globo.
De acordo com o secretário, a pretensão é vender o controle da empresa de maneira integral em um leilão tradicional, “com abertura de envelopes”. O comprador levará ativos e passivos da companhia. As informações são do Uol.
Votação na CâmaraApós a aprovação da privatização da Eletrobras, o governo espera votar entre os dias 12 e 15 deste mês na Câmara o PL (Projeto de Lei) de privatização dos Correios, antes do recesso parlamentar.
Segundo Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, o relatório feito pelo deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA) está pronto e já existe acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que a votação ocorra na última semana antes do recesso.Proposta
A proposta tem por objetivo criar a Anacom (Agência Nacional de Comunicações), em substituição a atual Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A nova agência vai regular os serviços do Sistema Nacional de Serviços Postais.
“A empresa vai pegar o Brasil inteiro. A gente chegou a avaliar fatiar por região, mas entendemos que para garantir a universalização é preciso ter o subsídio cruzado dentro da própria empresa”, disse Mac Cord ao jornal.Ainda não existe um valor previsto para a privatização e, de acordo com o secretário, a intenção é publicar o edital em dezembro deste ano.
“Por isso é tão importante votar na Câmara antes do recesso. Se não, o cronograma começa a ficar comprometido. O projeto precisa estar resolvido até agosto. Publicamos o edital em dezembro para que a licitação ocorra em março”, argumentou.
O secretário avalia que “os Correios precisam ser privatizados, sob pena de desastre no Orçamento”. Mac Cord cita dados de um estudo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que afirma que a empresa tem baixa produtividade, não tem tecnologia e que o faturamento do ano passado caiu em 6% se comparado a 2019.
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