Boletim da Fiocruz alerta para novo agravamento da pandemia no Sul e no Centro-Oeste.

Situação pode ser ainda mais agravada pela saturação do sistema de saúde nos Estados destas regiões.

Boletim da Fiocruz alerta para novo agravamento da pandemia no Sul e no Centro-Oeste.

Novo boletim da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), divulgado neste sábado (10) aponta para o recrudescimento, isto é, um novo agravamento da pandemia nos próximos dias nas regiões Sul e Centro-Oeste. A  mudança no perfil de casos e óbitos e o rejuvenescimento da pandemia são apontados como principais fatores de risco para isto.

Soma-se o fato de o Rio Grande do Sul e outros Estados como Rondônia, Amapá, Tocantins, Espírito Santo, Santa Catarina, Mato Grosso e Distrito Federal serem apontados como os de maiores taxa de incidência de covid-19. 

O Rio Grande do Sul, também tem uma das mais elevadas taxas de mortalidade, junto a Rondônia, Tocantins, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal. 

Esse padrão, aponta o boletim, coloca as regiões Sul e Centro-Oeste no epicentro da epidemia no Brasil nas próximas semanas, o que pode ser ainda mais agravado pela saturação do sistema de saúde nos Estados destas regiões.

Números de janeiro a março

O número de casos de covid-19 no Brasil aumentou nada menos do que 701,58% entre janeiro e março deste ano, segundo o Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz. 

O número de mortes acompanhou a tendência e cresceu em 468,57% no mesmo período, mostrando a progressão da doença no país. O perfil de rejuvenescimento da epidemia já apontado em boletim anterior se mantém.

Os maiores aumentos de casos e óbitos foram registrados nas faixas etárias de 30 a 59 anos. O maior crescimento de casos da doença foi na faixa dos 30 aos 39 anos, de 1.218,33%, seguido da faixa dos 40 aos 49, de 1.217,95%. 

No caso do aumento do número de mortes, chama a atenção o crescimento de 872,73% na faixa etária dos 20 aos 29 anos e de 813,95% dos 30 aos 39. O aumento progressivo do número de casos e mortes e o rejuvenescimento da pandemia têm algumas implicações, como aponta o boletim.

"Esta mudança no perfil de casos e óbitos contribui para o aumento da pressão sobre o sistema de saúde, potencialmente prolongando o tempo médio de internação", ressalta o documento. "Além disso, já que se trata de uma população com maior circulação devido às atividades de trabalho, é importante considerar o potencial de transmissibilidade aumentado devido a esse rejuvenescimento."

O novo boletim destaca que a combinação destes fatores "requer atenção dos gestores para uma intensificação da adoção das medidas de mitigação, como as de distanciamento físico e social".

Medidas  apontadas pelo documento

Para enfrentar o atual cenário, o documento ressalta que é fundamental a combinação de diferentes medidas, envolvendo as não farmacológicas, o sistema de saúde e as políticas e ações de proteção e assistência social para redução da vulnerabilidade e do impacto social.

"É preciso que haja convergência e integração dos diferentes Poderes do Estado brasileiro (Executivo, Legislativo e Judiciário), assim como os diferentes níveis de governo (municipais, estaduais e federal), com participação das empresas, instituições e organizações da sociedade civil para o enfrentamento desse momento bastante crítico e grave da pandemia", alerta o boletim.

Como exemplo de boas soluções contra o avanço da pandemia no Brasil, o boletim cita as medidas de bloqueio adotadas em Fortaleza (CE), na região metropolitana de Salvador (BA) e no município de Araraquara, no interior paulista. Os impactos positivos dessas medidas em países como Itália e Espanha também são citados.

 

 
 
 
Fonte: Gaúcha / ZH
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